segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O teatro está vazio (The Phantom of the Opera)


O teatro está vazio...
Perambulo por entre camarins e palco,
Agora silenciosos...
Os pensamentos ecoam pelas estruturas do cenário
Vagando desordenadamente
Olho as poltronas e camarotes, onde o público a aplaude
Ninguém presencia minha angústia...
Silêncio total...
Sou um autêntico Fantasma da Ópera...

Meu coração está vazio...
Viajo por entre fortes emoções que sinto ao lembrar-me de ti
São quatro horas da manhã...
Meu pensamento traz você ao cenário,
Onde gostaria, diante de grande platéia,
Poder viver nosso final triunfal...
Ser o herói que lhe pega nos braços e a beija...
Um longo beijo de amor eterno...
Sendo aplaudido de pé pelo público que lota o teatro
Amor puro onde você, olhando em meus olhos, diz:
- És o herói que sempre sonhei encontrar...
E, de mãos dadas, seguimos juntos até seu camarim,
Onde fazemos amor até o amanhecer.

Mas o teatro está vazio...
De súbito,
Uma luz saindo de uma fresta de algum canto qualquer,
Faz com que eu retorne à realidade entristecido...
Percebo que tudo não passou de sonho...
A platéia está vazia...
Sem você, sinto que meu coração continua solitário...
Tudo não passou de devaneios meus...
Sem aplausos do público aos nossos beijos amorosos,
Sinto-me entristecido...
Coração endurecido...
O teatro está vazio...
Choro...

Baile da Escuridão




Gritos de dor é a melodia,
Terror é a dança,
Sangue é a máscara de cada ser presente no baile,
Onde a escuridão é eterna.

Todos dançam em torno da morte.
Casais sangue frio
apreciando cada mórbido momento
Dessa dança sanguinária.

Admirando a presença
Dos lamentos da dor alheia,
Cada passo uma morte, doce morte,
Todos saboreiam esse sacrifício.

O irresistível sabor do sangue
Toma conta do salão,
Dominando cada ser presente,
Implorando por mais um ritual.
Esperando mais um,
Para saciar sua sede.

Mulheres de uma sedução negra
dominam cada fase da lua de sangue,
Os vestido se movem elegantemente
Como as sombras da noite.

Todas as vidas,
Os sonhos, sorrisos,
Foram mortos no Baile da escuridão.

Kezia Soares

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A Morte morreu pra mim


Minha única esperança,
Embora eu esteja agonizando,
A minha única companheira
Já está cavando minha cova


Em minha lápide todos os sonhos,
Em meu fúnebre ritual,

Estarei indo embora

Deixando toda a minha dor,

Dentro daquela cova


Quem sabe um dia,

Eu encontre alguém

Antes desse belo massacre.
A esperança que me falta,

Não me convém


Chegando em minha cova

Um peso preenchia meu lugar,
A morte morreu pra mim
E em minha cova descansará.

Aqui jaz uma alma sem lamentos.

Kezia Soares

sábado, 15 de janeiro de 2011

Estava dando uma volta na internet, vendo algumas fotos góticas, acabei salvando as que achei mais bonitas.






sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Gritos Silenciosos


Ninguém pode ouvir meus gritos

Ninguém sequer sabe que preciso de socorro

Meus gritos de dor

Gritos de alguém que sofre ao nascer à estrela d’alva

Gritos de alguém que sofre na madrugada

Rasgo minha garganta com meus gritos silenciosos

Lágrimas escorrem em minha face

Lágrimas que ninguém pode ver

Lágrimas de alguém que para trás quer correr

Alguém que não deseja seguir sofrendo

Sofro em silencio esperando um dia perfeito amanhecer

Enquanto isso minhas lágrimas jamais secará

E meus gritos não cessarão

Meus gritos silenciosos que nunca ninguém ouvirá


Kezia Soares

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

A musica perfeita do Imaculado poeta


Cada palavra uma perfeição, cada estrofe o som do coração

Do imaculado poeta

Cada melodia o desejo desiludido do poeta que procura o amor perfeito

Perdido nas sombras de cada rima do caminho extenso de seus pensamentos

das mãos abençoadas do imaculado poeta uma música surge das sombras

a musica perfeita baila ao redor do meu frio coração

oh imaculado poeta, como consegues ser tão perfeito a ponto de fazer meu coração bater outra vez?.


Kézia Soares

Baú de sonhos perdidos


Viajando milhas, encontrando perigos no meio do caminho

Em busca do baú de sonhos perdidos

O baú em que todos os sonhos nunca vão se realizar

Desde um sonho de uma inocente criança a um coração vazio

Todos os meus sonhos guardados, todos perdidos, sem esperança

Eu procuro o baú de sonhos, em busca de dias melhores

Finalmente acho o baú, nas profundezas do sombrio mar da desilusão

Doce desilusão, acabo afundando no mar onde jamais se encontra esperança

Ninguém quer um dia abrir o baú de sonhos perdidos

Porque nada dentro dele há, a não ser o sopro da ilusão.



Kézia Soares